segunda-feira, maio 28, 2007

Bahia vence no Long Board

Com uma ótima atuação tanto na semifinal quanto na grande final, o baiano radicado em Maresias (SP) Carlos Bahia venceu neste domingo o Petrobras Longboard Classic, primeira etapa do Circuito Brasileiro dos Pranchões. Atual campeão nacional e terceiro colocado no Mundial, Bahia soube aproveitar bem as ondas de cerca de um metro e boa formação na Praia de Solemar, em Jacaraípe, no Espírito Santo, para derrotar o também paulista Danilo Mullinha na decisão. O carioca Roger Barros e o paulista Alexander Abolição dividiram a terceira colocação. O campeão recebeu o prêmio de R$ 6.000,00 e 1.500 pontos no ranking. A próxima etapa do Petrobras Longboard Classic acontecerá na Praia da Macumba, no Rio de Janeiro, em novembro. No feminino, a carioca Mainá Thompson conquistou o título ao derrotar a paulista radicada em Santa Catarina Karina Abras.

“Nada melhor do que começar a defender meu título com o pé direito, com uma vitória após passar por adversários fortes como o Roger e o Mullinha”, disse Bahia, que na bateria final conseguiu a maior pontuação (17,5) e melhor onda (9,5) do campeonato.

Na semifinal contra o grande amigo Roger Barros (são parceiros em viagens e Bahia é sempre acolhido pela família do carioca no Rio), o campeão contou com a inexperiência do adversário de 18 anos. Roger estava liderando a bateria e tinha a prioridade para surfar, mas abriu mão de usar a regra a seu favor e permitiu que o amigo pegasse uma onda a poucos minutos do final e virasse a bateria:

“Falei com o Roger depois. Ele nunca poderia ter deixado aquela onda para mim. Na bateria não existe amizade, são dois competidores buscando a vitória. A bateria também é um jogo”, disse Bahia, que ganhou o jogo por 19,93 a 14,67.

Roger, por sua vez, não conseguia explicar realmente os motivos pelo qual não usou a regra a seu favor.

“Não gosto de fazer marcação, às vezes tenho um pouco de vergonha mesmo, pensei que poderia forçar para descer naquela onda e sobrar outra para ele. Na verdade, juntando tudo, acho que faltou experiência e tenho de usar isso para não errar novamente no futuro”, disse Roger.

Na outra semifinal, Mullinha, vice-campeão mundial, confirmou seu favoritismo e não deu chances para Alexandro Abolição, vencendo por 14,5 a 9,17 pontos. Na decisão, porém, ele não conseguiu ameaçar Bahia em nenhum momento. Já em vantagem na bateria, o campeão conseguiu a nota 9,5 quando faltavam 12 minutos para o fim e já começou a comemorar, jogando água para cima. Bahia ainda conseguiu a prioridade e marcou Mullinha, impedindo qualquer chance de reação do paulista.

Pela primeira vez na história do longboard feminino, foram disputadas baterias mulher a mulher, desde as quartas-de-final. Neste domingo, a competição começou pelas semifinais. Mainá passou pela paranaense Sabrina Olas por 10,17 a 8,67, enquanto Karina superou a carioca Cris Pires por 9,73 a 9,1. Na decisão, Mainá conseguiu quebrar a invencibilidade de Karina, que venceu todas as etapas disputadas desde o final de 2005. Apesar de estar sofrendo de asma há um mês, a carioca teve forças para dominar a final desde o começo e venceu por 12,73 a 9,27 e receber um presente de aniversário antecipado, pois completa 23 anos dia 2 de junho.

“Nas quartas-de-final, no sábado, fiquei quase sem ar durante minha bateria. Não foi fácil, mas vim com o objetivo de vencer e com o apoio das pessoas que estão por perto de mim ganhei ainda mais motivação para a disputa”, disse Mainá.

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